A unidade Anti-tráfico de Pessoas do Ministério Público do Paraguai, definirá se a denúncia de turismo sexual em Cidade do Leste será investigada por agentes locais ou da unidade especializada de Assunção. A denúncia foi apresentada por autoridades do governo do Alto Paraná, após uma conferência internacional revelar um site em inglês oferecendo serviços de menores paraguaias como turismo sexual.
O endereço virtual indica vários pontos onde se pode encontrar serviços sexuais com menores de idade, em Cidade do Leste. A promotora Arminda Rivas, informou que espera a orientação dos superiores para iniciar as investigações, sendo que até o momento não existe uma trabalho investigativo em curso.
A secretária de Ação Social e Igualdade de Oportunidades, Rocío Abed, explicou que existe provas de um site que serve para exploração sexual, que foi acionado pelo próprio órgão, ante a falta de ação da Promotoria.
“Segundo foi constatado, a Promotoria não iniciou uma investigação formal. Nossas autoridades competentes devem se empenhar para desativar e desencorajar este tipo de atos. Não podemos ficar indiferentes e pedimos que de investigue a fundo, sobre tudo porque estamos a um passo da Copa do Mundo e temos muito fluxo de turistas que podem chegar a nossa cidade com esse objetivo”, disse Rocío.
Uma campanha de conscientização e prevenção de tráfico de pessoas para a Copa do Mundo de Futebol, no Brasil.
Crianças indígenas
Sobre a prostituição de meninas indígenas à luz do dia pelas ruas de Cidade do Leste, a secretária informou que há algumas semanas várias crianças foram resgatadas. As crianças receberam assistência e foram enviadas para suas comunidades de origem, mas que alguns dias depois, algumas voltaram à fronteira.
Segundo Rocío, o trabalho com indígenas é mais difícil porque precisa da cooperação dos afetados. Para isso, existe um projeto de aquisição de um imóvel que sirva como unidade de desintoxicação, como forma solução definitiva para o problema.