Hospital Municipal vira caso de polícia


Duas viaturas da Policia Civil estiveram no Hospital Municipal na manhã desta quinta-feira (1). Segundo informações da própria direção do Conselho Curador do Hospital, arquivos de dois computadores da Fundação Municipal de Saúde foram apagados. O promotor de Justiça Marcelo Mafra, chegou ao Hospital para analisar computadores e constatou de que dados relacionados a escalas de servidores teriam sido apagados.

Sobre a direção do Hospital Municipal, já foram nomeados os novos diretores que são integrantes da prefeitura. Todas as pessoas que participavam da direção da Fundação já foram afastadas.

O secretário de Saúde do Município, Charles Bortolo e o Secretário de Planejamento, Rodrigo Becker, se reuniram com a nova diretoria para discutir o andamento do Hospital. Já o atendimento hospitalar continua normalmente.

Bortolo ressaltou que os computadores sempre estiveram em lugar seguro, “mas chegamos nesta manhã e encontramos as máquinas, possivelmente com dados apagados.”  Afirmou.

A presença da Polícia Civil no Hospital Municipal foi a pedido do Ministério Público, através do Dr. Marcelo Mafra. Segundo Mafra, numa visita de rotina no Hospital, nesta manhã de quinta-feira, 01, para se interar melhor sobre a transição, ele informado pelo secretario de saúde, Charles Bortolo, de que todas as informações que estariam armazenadas até ontem à noite, teriam desaparecidas de computadores do Hospital. “Ato criminoso e por este motivo acionei a policia que apreendeu os equipamentos para confirmar a informação. Pelos relatos de servidores, é bem provável que tenha acontecido.” Disse Mafra. O promotor ainda ressaltou que se realmente aconteceu o crime, os envolvidos poderão ser responsabilizados em até 12 anos de prisão.

Sobre o caso onde há suspeito de omissão de dados, o presidente do Sindicato da Saúde, Paulo Sergio Ferreira, contou durante o programa Contraponto a Voz do Povo, nesta manhã de quinta-feira, 01, que foi intimado pelo Secretário de Saúde a comparecer no gabinete do prefeito Reni Pereira. Segundo ele, o secretário informou sobre a intervenção do Hospital Municipal, “e eu simplesmente olhei para o secretário e falei: O senhor está aqui ainda? Você deveria estar lá no Hospital já em cima dessa intervenção.” Disse Ferreira. “Ou seja, se eles tivessem em cima do assunto, com certeza essa suspeita não apareceria.” Observou.

O presidente ressaltou ainda, em nota, que a tal alteração não modifica o contrato de trabalhos dos trabalhadores, apenas haverá mudanças na direção do Hospital. “Portanto continuem executando as funções, não haverá demissão, não haverá troca de setor, não haverá nada que venha prejudicar os trabalhadores.” Registra a nota.

Segundo ainda a nota divulgada, as mudanças acontecem apenas na direção do Hospital, que agora passa a ser coordenada por uma equipe escolhida pelo conselho.

“O que pode acontecer é a troca das empresas terceirizadas, após licitação. Em reunião hoje de manha ficou definido vários pontos da transição envolvendo os trabalhadores, porém nada que mude a rotina de trabalho dos companheiros.” Disse Ferreira.

A nota explica que no caso das terceirizadas foi solicitado que, caso tenha a troca, a contratação seja direta pela Fundação e que tenha a manutenção dos companheiros que já estão trabalhando no Hospital, “desta forma todos os trabalhadores passariam a ser atendidos pelo Sindicato da Saúde conforme era na época da Pró Saúde.” Finalizou.

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