Fieis católicos fazem abaixo assinado para volta de padres


Fieis da Igreja Católica da região de abrangência da Diocese de Foz do Iguaçu, fizeram um abaixo assinado pedindo a volta dos padres Sérgio, Paulo e Agostinho, afastados das paróquias em novembro de 2013, para uma investigação interna da igreja. Foram coletadas cerca de 10 mil assinaturas, a maioria em Medianeira e cidades próximas. Também no ano passado, o Bispo Dom Dirceu Vegine abriu um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, acusando os padres de invasão de e-mails particulares. Na época, o Bispo afirmou que a investigação da igreja não tem a ver com o caso denunciado na polícia.

Nesta quarta-feira (9), o advogado que representa os três padres, Álvaro Albuquerque Neto, informou que está sendo processado por Dom Dirceu, por injúria e difamação, onde o líder religioso local pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, além da cassação do profissional junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Até agora, os padres dizem não saber o motivo do afastamento, que causou polêmica no Estado. Segundo a Cúria Diocesana, a decisão de afastar os religiosos foi do Vaticano e o conteúdo da investigação não pode ser divulgada, segunda as leis eclesiásticas.

O delegado da Polícia Civil, Geraldo Evangelista, que recebeu a denúncia, informou que a parte de investigação pela polícia já foi concluída e que o processo está com o Ministério Público e Justiça, que deverá analisar e julgar. Todo o processo tramita em Segredo de Justiça.

O advogado Álvaro Albuquerque, disse ainda não entender porque o Bispo não tratou desse assunto internamente, preferindo levar o caso para a Polícia. “Não vi nada parecido até hoje, deveria ter sido resolvido dentro da igreja. Agora não satisfeito com isso, o Bispo processa o advogado dos padres. Eu apenas estou passando a mensagem daquilo que os meus clientes estão me passado e eu estou levando essa mensagem para quem quer saber, para a comunidade”, disse.

Em nota, (no alto da página), o advogado da Diocese esclarece que “foram tomadas providências no intuito de averiguar a existência de responsabilidade civil ou criminal por fatos que ocorreram, sendo que a decisão está a cargo do judiciário, onde será oportunizado acesso aos autos e a defesa dos interessados”.

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