Cidade do Leste para durante a maior manifestação em 20 anos

Fotos: Eli Silva


Manifestantes que bloquearam avenidas em Cidade do Leste durante a manhã desta quarta-feira (26), marcharam ao meio dia em direção a aduana, onde foram recebidos por militares e policiais que impediram os grevistas de chegarem até Ponte da Amizade e bloquear a principal entrada ao país. Junto com os manifestantes da capital departamental, estavam sindicalistas de Presidente Franco e Hernandárias, que no início da manhã bloquearam a rodovia Supercarretera, principal via de acesso à margem paraguaia de Itaipu.

Com lojas fechadas, transporte público parado e escolas sem aulas, a manifestação na fronteira aconteceu de forma pacífica, reunindo trabalhadores de diversas áreas. A classe predominante na greve em Cidade do Leste foi de funcionários da Agência Nacional de Eletricidade (Ande) e do Sindicato dos Taxistas, embora estudantes, médicos e enfermeiros do Hospital Regional também tenham se manifestado. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 25% para todas as categorias.

Cerca de mil pessoas participaram das manifestações, que deixou a Ponte da Amizade vazia durante toda a manhã e parte da tarde. Por volta das 14h, grevistas foram até a Praça da Paz, em frente a prefeitura de Cidade do Leste, onde fizeram um balanço positivo dos manifestos na fronteira. A manifestação nacional é a maior desde 1994.

A Greve Geral foi puxada por funcionários de empresas estatais, contrários a Lei de Aliança Público-Privada, criado em 2013 pelo governo do presidente Horácio Cartes, que pretende estabelecer parcerias com investidores privados para atrair recursos para desenvolver a infraestrutura do país, principalmente em rodovias, hidrovias, eletricidade e aeroportos. Os manifestantes acreditam que a Aliança é uma forma de privatizar as empresas estatais.

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