Martina: Caso é diferente para a polícia, diz delegado

Por Daryanne Cintra

Na segunda-feira 17, por volta das 19h, o acusado de assassinar a estudante uruguaia Martina Conde, Jeferson Diego Gonçalves, foi trazido à Foz do Iguaçu, na Delegacia da Polícia Civil, onde foi ouvido. O delegado Alexandre Macorin, chefe da 6ª SDP, relatou à imprensa trechos do depoimento informal a princípio dado por Jéferson. “Ele disse que logo depois do crime passou na casa de alguns amigos e depois saiu a pé de Foz. Através de algumas ligações monitoradas vimos que ele passou por São Miguel e Medianeira. Inclusive ele mesmo confirmou isso”.

Ainda de acordo com Macorin, Jéferson contou que o intuito era chegar até a cidade de Paranaguá. “Sabíamos também que ele tinha parentes em Telêmaco Borba, e estávamos monitorando os familiares. Mas, felizmente ele foi preso em Laranjeiras. A delegacia de lá já sabia do caso e através da busca pelo nome dele, identificaram que havia um mandado de prisão em aberto”.

Alexandre Macorin adiantou que o acusado já responde por outro crime. “Jéferson responde pelo crime de estupro de vulnerável, ou seja, de menor de idade. Ele ainda não está condenado, o processo tramita em Foz. Mas, de nota ele é uma pessoa com tendências a cometer esse tipo de ilícito”, ressaltou o delegado.

Com relação aos detalhes e a motivação do crime, Macorin disse que isso só será divulgado durante uma coletiva que acontece nesta terça-feira, 18, às 10h, para a imprensa. “O Delegado Marcos Araguari, que acompanha o caso irá relatar tudo. Mas, dá pra se adiantar que a motivação do crime é um pouco diferente do que a polícia está acostumada a investigar”, finalizou.

O acusado de assassinar a estudante uruguaia Martina Conde, foi encontrado por policiais militares na cidade de Nova Laranjeiras, região de Cascavel, no último sábado 15. Conforme contou o Sargento C.Filho, da PM, Jéferson Diego Gonçalves, de 30 anos, estava andando por uma rua da cidade quando foi abordado e reconhecido pelos policiais. “Na hora da abordagem ele ficou bastante nervoso. Não explicou direito o que estava fazendo. Disse apenas que iria pagar uma promessa por conta de um milagre”, contou o sargento.

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