Atleticanos-MG presos no Paraguai temem transferência para penitenciária


Os quatros brasileiros torcedores do Atlético Mineiro, presos em Cidade do Leste na última quarta-feira (12), portando maconha, continuam detidos na delegacia da Polícia Nacional, onde aguardam uma decisão da Justiça Paraguaia. Nesta sexta-feira (14) o jornalismo da Rádio Cultura foi até a sede da polícia do Paraguai, onde conversou com os torcedores. Eles relataram que estão presos em cela separada e que são bem tratados pelos policias, embora sejam ameaçados por presos paraguaios das celas vizinhas, porque o Atlético-MG venceu o Olímpia (PY) em um dos jogos da última Libertadores da América.

Os brasileiros, Rafael Santos Paixão, Welwerton Batista César, Brunno César Almeida de Moraes e Yuri Ramón Pereira de Oliveira, temem uma possível transferência para a Cadeia Pública de Cidade do Leste, que poderia acontecer ainda nesta sexta-feira. Já um dos policiais da delegacia, disse que uma liberação pela justiça poderia acontecer até o final da tarde e que é pouco provável a transferência para a penitenciária.

Os torcedores confessam que compraram a droga logo após o ônibus atravessar a ponte, já em Cidade do Leste. “Acharam maconha com nós, cada um tinha um pouco para fumar, entendeu?!. Era pouca porção, R$ 20 só. Na hora que prenderam a gente falaram que iríamos ser presos e depois do jogo iram mandar nós embora. Depois falaram que iríamos ficar aqui mais um dia, aí nos levaram à juíza, a juíza não falou nada”, disse.

Um dos torcedores reclamou que nenhuma autoridade do Consulado do Brasil em Cidade do Leste apareceu. Já no consulado, um dos funcionários informou que o caso está sendo acompanhado. Na delegacia, os detidos foram avisados por advogados paraguaios, que se não acontecer a liberação nos próximos dias, no máximo em três meses eles devem ser extraditados.

Rafael, o torcedor atleticano responsável pela excursão, está hospedado em Foz do Iguaçu, e está trabalhando como uma espécie de porta-voz dos presos. Ele leva comida e recebe e fala com as autoridades paraguaias e imprensa que procura informação dos atleticanos. Um torcedor do Palmeiras também foia à delegacia e prestou solidariedade aos compatriotas.

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