Aumenta o número de B.O envolvendo violência contra mulher no Paraná

Segundo dados do governo do Estado do Paraná, em 2013, foram registrados no estado 12.453 boletins de ocorrência envolvendo situações de violência contra a mulher. As denuncias incluem casos de assédio sexual, calúnia, constrangimento ilegal, difamação, estupro ou atentado violento ao pudor, homicídios, injúria, lesão corporal e sequestro. No ano anterior foram 11.240 ocorrências.

Porém, em muitos casos a intenção da mulher não é criminalizar a conduta do agressor, mas sim tomar alguma atitude para que a violência não aconteça mais. Por isso, ela vai até a delegacia registrar o boletim de ocorrência, mas, por medo ou arrependimento, quanto é informada sobre as consequências para o agressor, não faz a representação – procedimento em que a vítima permite que o Estado atue na situação denunciada.

“Só a partir da representação é que o Estado age. A mulher pode registrar o boletim de ocorrência e não representar. Ela tem o prazo de seis meses para fazer a representação. Quando isso não acontece, o boletim é arquivado e a delegacia não pode tomar nenhum tipo de atitude”, explica a delegada da titular da Coordenadoria das Delegacias da Mulher do Paraná (Codem), Paula Brisola.

Atendimento

No Paraná o atendimento à mulher vítima de violência conta com 16 Delegacias da Mulher. Em 2013 foi criada a Coordenadoria das Delegacias da Mulher (Codem) para atividades de investigação, prevenção e repressão dos delitos praticados contra a mulher. Em situações de violência, a vítima pode ser encaminhada para um Centro de Referência, onde ela terá assistência psicológica e acompanhamento de um assistente social. Os filhos e o agressor também podem ser atendidos.

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