Professores pedem ética da imprensa sobre morte da estudante

Em uma conversa com a imprensa no início da tarde desta sexta-feira (7), nas dependências da Unila no centro de Foz do Iguaçu, professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), pediram que os meios de comunicação tratem com ética o caso da aluna uruguaia encontrada morta na noite de quinta-feira (6), em um apartamento na rua Jorge Sanwais, no centro.

“Estamos pedindo auxílio dos meios de comunicação, por que é um momento trágico, é uma tragédia a perda de uma jovem estudante, uma pessoa muito querida na nossa comunidade. A gente gostaria que vocês nos ajudassem a comunicar de que a gente está muito consternado, estamos em luto, esperando que a polícia nos dê mais informações”, disse a professora Varga Arize, informando que neste momento a universidade está preocupada em cuidar dos pais da aluna.

Sobre imagens da uruguaia morte, que foram divulgadas por sites, a professora classificou como falta de ética e deverá pedir que as matérias sejam analisadas pela justiça. “A gente espera que os órgãos competentes, que é o Ministério da Justiça, tome as ações devidas, que o Ministério Público tome as ações devidos. A lei de ética na Imprensa, a agente espera que o Ministério da Justiça possa cuidar disso”, disse Varga.

O professor Antônio de la Peña, lembrou que Martina chegou a Foz do Iguaçu em 2011, como caloura do curso de antropologia e que logo fez amizades e se inseriu na comunidade através de cursos de arte. “Era multidisciplinar, uma boa estudante, interessada nos estudos Afro-Latinos, muito alegre, muito dinâmica e gostava conhecer as pessoas. Temos as melhores lembranças”, contou o professor, informando que
Martina iniciaria este mês o sétimo período do curso de antropologia.

Nas dependências da Unila, no centro de Foz do Iguaçu, alunos de outras nacionalidades, em especial os compatriotas uruguaios, além de professores e colegas dos cursos de arte, estavam abalados com a morte da aluna e não quiseram falar sobre o caso.

O corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal na tarde desta sexta-feira, para os familiares que fizeram o reconhecimento. O corpo será transladado para Montevidéo, onde Martina nasceu.

Sair da versão mobile