Senador paraguaio quer acabar com propina à turistas


O senador paraguaio Arnaldo Giuzzio, do Partido Democrático Progressista e ex-chefe da Promotoria Anticorrupção do Ministério Público do Paraguai, visitou a Rádio Cultura nesta sexta-feira (28), onde apresentou um projeto para a criação do Sistema Nacional de Segurança Turística. O projeto pretende trazer segurança aos turistas estrangeiros, principalmente argentinos e brasileiros, que visitam não apenas Cidade do Leste, mas outras cidades paraguaias com apelo turístico, como Assunção, Encarnação e San Ignácio, assim como as regiões de colonização brasileira.

Segundo o senador, o projeto tem aceitação no Congresso e é visto com bons olhos pelo presidente Orácio Cartes, porque seria uma maneira de mudar a imagem e trazer mais turistas ao país. A principal preocupação do senador são as propinas cobradas por polociais paraguaios, ao longo das rodovias que cortam o país. Segundo ele, entre Cidade do Leste e Assunção, uma distância de 320 quilômetros, 15 barreiras são montadas pela Polícia Nacional e Polícia Caminera, com o objetivo de parar veículos estrangeiros.

Para combater a cobrança de multas abusivas, o projeto de Arnaldo Giuzzio pretende que a fiscalização de veículos estrangeiros seja feita pela Polícia Turística, criada em 2008 e que hoje atua nas cidades que mais recebem turistas no Paraguai. Em Cidade do Leste, a Polícia Turística recebe denúncias de estrangeiros. Giuzzio acredita que a Lei seja aprovada ainda em 2014.

“O turismo anda junto com a segurança, porque precisa dessa cobertura, esse serviço público que facilite ao turista caso aconteça algum problema. A Polícia Turística do Paraguai foi criada por recomendação da Organização Mundial do Turismo, mas ainda não tem uma lei que a regulamente. Então quando aprovada essa Lei, o turista vai ser parte da política de proteção do Estado”, disse.

O senador afirmou que a Polícia Turística tem autonomia para fiscalizar as demais polícias e punir os policiais que cobrem multas abusivas de turistas estrangeiros. Neste caso, o policial é afastado e responderá um processo administrativo.

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