Serviço aeromédico do Estado leva órgãos doados em Foz

Mônica Nasser

A aeronave que faz transporte de pacientes da macrorregião que inclui 170 municípios, esteve nesta sexta-feira,14, em Foz do Iguaçu para captação dos órgãos doados pela família de um jovem que faleceu ontem na cidade.O falecimento aconteceu no Hospital Municipal e a causa da morte não foi informada.

De acordo com Ademir Ferreira, diretor da 9ª Regional, a equipe que veio de fora chegou pela manhã para captar os órgãos. “Infelizmente houve o falecimento do jovem no Hospital Municipal e antes de desligar os equipamentos, os órgãos foram cuidados para que pudessem ser transplantados. Isto  faz parte deste novo programa do governo do Estado com viaturas novas para transportes de pacientes ”.

De acordo com o Dr. Fábio de Curitiba, médico que coordenou a operação, o jovem tinha 20 anos. “Serão retirados o fígado, o pâncreas, rins e o coração, e se forem retiradas as córneas, pode ajudar até nove pessoas”. Todo processo demora cerca de três horas. “Agrademos a família que pensou nos outros neste momento difícil”, concluiu Fábio.

Mais agilidade

O governador do Estado, Beto Richa, e o secretário de Saúde do Estado, Michele Caputo entregaram no dia (22) do mês passado, em Cascavel, ao  helicóptero que auxilia no transporte de pacientes da macrorregião que inclui 170 municípios. O helicóptero modelo Esquilo AS 350 vai operar com o Samu Oeste (Consamu) em um raio de 250 quilômetros. Abrange as regiões de Cascavel Foz do Iguaçu, de Toledo, Umuarama, Guarapuava, Campo Mourão, Cianorte, Pato Branco e Francisco Beltrão, totalizando 171 municípios. O Samu é gerenciado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste (Consamu).

Além do helicóptero, a população do Oeste, assim como a de todo o Estado, passou a contar, também, com um avião de UTI Móvel, que ficará em Curitiba. As novas aeronaves reforçam o serviço aeromédico, que já eram prestados pelos três aviões e um helicóptero do Governo do Estado. Cerca de 70% dos deslocamentos dos aviões são para o atendimento de situações de emergência na área da saúde.

Segundo dados do governo do Estado, desde a implantação do novo serviço, em 2011, o trabalho de resgate e remoção aéreo já salvou mais de 400 vidas. Só em 2012 foram transportados 155 órgãos para transplantes. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Paraná saltou do décimo para o terceiro lugar em número de transplantes de órgãos em todo o Brasil no mesmo ano. De janeiro a novembro deste ano foram realizados no Paraná 417 transplantes, contra 152 em 2010, um aumento de 175% em apenas três anos.

“É mais uma vida, mas que graças a Deus por interesse da família no transplante, e que infelizmente sofre com a ida do seu ente querido, contribuiu para que outras pessoas continuem vivendo com qualidade de vida através desta humanização, no sentido humanitário em doar”, concluiu Ademir.

 

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