Secretaria de Saúde elabora avaliação sobre médicos cubanos em Foz

Mônica Nasser com Agência Brasil

Hoje em Foz do Iguaçu existem 22 médicos estrangeiros atuando na saúde, destes, 14 são cubanos e vem do Programa Mais Médicos do governo federal. De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Básica, da Secretaria Municipal da Saúde, Adriana Valadão, entre estes profissionais estrangeiros, existem também outras nacionalidades, argentinos, peruanos, espanhóis, indiano, e brasileiros com formação fora do País.“Já temos muitos pontos positivos com relação a estes profissionais que vieram integrar a nossa equipe e fazer esta atendimento humanizado”, concluiu Adriana.

Estes 22 profissionais são avaliados desde novembro por profissionais da UFPR, em parceria com médicos da cidade. “Todo mês é feito a avaliação e a cada dois meses, vem um profissional da UFPR”. A Secretaria da Saúde esta elaborando também uma avaliação que deve iniciar em março. “Nosso objetivo é saber como melhorar todo o processo de trabalho e ver o grau de satisfação da população e ouvir também os profissionais ”.

O valor do Programa Mais Médicos é de R$10.000 , uma parte do salário dividido é repassado para os médicos, outro para a família e outro para o governo cubano.

O Brasil hoje debate o pedido de refúgio no Brasil de uma médica cubana.O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que o governo brasileiro já iniciou o processo de desligamento da cubana Ramona Matos Rodriguez do Programa Mais Médicos. A médica está abrigada na Câmara dos Deputados desde que deixou seu posto de trabalho em Pacajá, no Pará. “Recebemos hoje a notificação do município e agora estamos providenciando o desligamento da profissional”, disse Chioro.

 O desligamento de Ramona do programa vai possibilitar o pedido de refúgio no Brasil, conforme explicou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, horas antes. “A partir da situação em que o Ministério da Saúde vier a desenvolver um procedimento interno de afastamento do programa, aí  ela terá o visto de permanência cassado”, destacou Cardozo.

Sobre o pagamento que a médica alegava receber por mês – US$ 400 (pouco mais de R$ 900) – Chioro foi enfático e disse que a relação do governo brasileiro é com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo Chioro, o Brasil estava cumprindo sua parte.

“A cooperação do Brasil é com a Opas e ela estabelece o processo de cooperação com o governo de Cuba. Nós estamos muito tranquilos com a condução dessa questão”, afirmou o ministro.
Em nota, o DEM, partido que abriga a médica cubana na sala de sua liderança, na Câmara dos Deputados, informou que Ramona entraria ainda hoje com pedido de refúgio no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça.

De acordo com o ministro, o índice de desistência de médicos cubanos é “mínimo” diante do número de profissionais que desembarcaram no Brasil e continuam trabalhando. Ele informou que, dos 5.378 médicos vindos de Cuba, 17 saíram do programa por motivos de saúde e cinco por razões pessoais (22 desligados). Chioro disse todos voltaram para Cuba.

 

 

Sair da versão mobile