Delegado da PF em Foz fala sobre o caso de Henrique Pizzolato

O Delegado da Polícia Federal em Foz, Ricardo Cubas Cesar, falou na tarde de quinta-feira, 06, sobre o caso do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. O delegado esclareceu algumas dúvidas sobre o irmão falecido de Pizzolato, Celso Pizzolato e sobre a fuga do ex-diretor.

Segundo o Delegado, o ex-diretor não fugiu por Foz do Iguaçu, e sim por Dionísio Cerqueira, Santa Catarina, seguindo a Buenos Aires. Para fugir, Pizzolato utilizou passaporte Italiano falsificado em nome do irmão, Celso Pizzolato. A polícia federal confirma que, o irmão de Henrique morreu aos 21 anos de idade, após sofrer um acidente de carro em Foz do Iguaçu em 1978, mas não confirma a moradia dele na cidade.

Em 2008, ocorreu a primeira falsificação de documentos. A falsificação, segundo a polícia, aconteceu na cidade de Lages em Santa Catarina. Nesta época, Henrique falsificou todos os documentos do irmão em seu nome, – Identidade, CPF, titulo de eleitor -, documentos necessários para se fazer um passaporte. Já a falsificação do passaporte, Henrique fez na cidade de Cascavel, já com todos os documentos em mãos do irmão morto.

O delegado explica que em 2007 surgiu a denuncia do Ministério Público contra Henrique, porém apenas indiciado como réu, “então pode se afirmar que ele já previa uma condenação.” Disse.

“Infelizmente, há um sistema muito precário entre os cartórios (entre todos) e a também entre os cartórios e a polícia.” Explica Cubas. Ele reassalta que todos os passos do ex-diretor Pizzolato foram pensados. “Ele falsificou os documentos do irmão, mesmo morto, pois tinha todas as papeladas em mãos, ele chegou a fazer um teste viajando com a documentação falsos e conseguiu”. Conta. A polícia brasileira conseguiu chegar até o acusado através de um sistema da Argentina que obriga a pessoa se identificar através da digital para entrar no país.

Henrique Pizzolato, que está detido na Itália, deverá ser julgado por falsificação ideológica no país. Já no Brasil, o delegado não pôde afirmar quais serão os próximos passos em relação ao ex-diretor que foi julgado e condenado no envolvimento do “mensalão”.

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