Cidade do Leste quer atender melhor o visitante

O ano de 2013 foi de lamentações para os empresários de Cidade do Leste, no Paraguai, terceiro maior centro comercial da América Latina. A desordem e golpes contra turistas, somadas a crise mundial, são algumas das causas apontadas pelos comerciantes. Estima-se que doas 15 a 20 mil visitantes diários, a cidade de fronteira com o Brasil receba hoje no máximo 5 mil compristas por dia.

Os empresários acreditam que uma melhoria na estrutura da cidade não traga a mesma quantidade de compradores de anos atrás, mas pode servir para melhorar as relações internacionais e a industrialização.
Mesmo com a crise, vários investimentos podem ser vistos na capital do departamento de Alto Paraná, como construções de novos shoppings, mostrando que não é o fim do comércio na fronteira paraguaia.

O economista Jorge Cabral Basalik, defende que para superar a crise deve-se fortalecer o desenvolvimento das Zonas Francas, divulgadas através de feiras internacionais e incentivar o uso da energia elétrica como base da transformação da matéria prima, iniciando o segundo passo para o processo de desenvolvimento industrial, além de manter o a política de câmbio, controle da inflação e completar o novo modelo de arrecadação e distribuição fiscal.

Incentivar a agroindústria também é um objetivo do país vizinho, para que possa servir de base para o comércio. Desenvolver o transporte ferroviário entre o Brasil e Argentina, terminado no Pacífico, deve ser um dos itens para ser negociado com os governos vizinhos.

Cidade do Leste

Charif Hammoud, presidente do Centro de Importadores e Comerciantes do Alto Paraná, diz que para sair da crise é necessário identificar e punir os golpistas de turistas, encaminhados as denúncias e oferecendo solução rápida e efetiva. Da mesma maneira, Hammoud defende a formalização do comércio, podendo assim cobrar a venda de apenas produtos originais.

O gerente de hotel, Oscar Emilio Achinelli, propõe a recuperação dos espaços públicos, como canteiros e ruas, que estão abandonadas e dar maior participação aos cidadãos na elaboração dos projetos.
O presidente da Associação de Trabalhadores e Comerciantes, afirma que a primeira medida para enfrentar a crise é aumentar a cota de 300, para mil dólares aos compradores brasileiros.

O ex-prefeito de Cidade do Leste, Javier Zacarias, sustenta que a base está em ordenar e melhorar a estrutura da cidade, trabalhar na segurança, limpeza, iluminação e bom atendimento aos turistas. O político colorado defende ainda as relações diplomáticas para acabar com os controles brasileiros, que ele classifica como abusivos.

Traduzido do Diário Vanguardia

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