Atlético-MG conquista o terceiro lugar no Mundial de Clubes

Como se a decepção pela derrota para o Raja Casablanca não fosse suficiente, o Atlético Mineiro ainda enfrentou uma sensação ainda mais perigosa na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo de Clubes da FIFA Marrocos 2013 contra o Guangzhou Evergrande: a preocupação.

Para escapar de uma segunda derrota – e da pior participação de uma equipe brasileira na história do torneio –, o Galo precisou encontrar uma dose extra de motivação não apenas nos últimos dias após o tropeço na semifinal, mas, sobretudo, quando a partida deste sábado contra os chineses se mostrou bem mais complicada do que muitos poderiam esperar.

No fim, a preocupação inicial ao menos se transformou em alívio com o gol da virada de Luan em 3 a 2, minutos depois de a equipe sofrer um grande baque com a expulsão de Ronaldinho. Ali, foi preciso pegar todas as sensações negativas e transformá-las em um último momento de garra.

“É verdade que a gente já entrou em campo com receio por tudo que aconteceu no último jogo. Tinha essa preocupação de não poder perder o jogo, para não manchar ainda mais o que foi havia sido feito de errado”, apontou Diego Tardelli ao FIFA.com. “A gente até teve a sorte de fazer gol com dois minutos, e achamos que íamos nos acalmar. Mas pouco depois eles já tinham virado o jogo. Felizmente temos um time experiente e, mesmo com um a menos, soube tocar a bola e conseguir esse gol no final”, completou.

Com a terceira colocação garantida, Tardelli parecia mais aliviado do que feliz por um triunfo que não apagaria tão cedo a tristeza pelo sonho encerrado de forma precoce. Era, afinal, muito menos que todos no grupo esperavam para um ano histórico e que tinha tudo para se encerrar ainda melhor. “A gente precisava valorizar esse jogo, mesmo se tratando do terceiro lugar. Claro, não era o resultado que o grupo queria, mas pelo menos saímos de cabeça erguida”, ponderou.

“O futebol brasileiro não pode estar em terceiro nunca, tem sempre que estar brigando pelos títulos. Mas por ser a primeira oportunidade do Atlético em um Mundial acho que serviu como experiência.”

Uma nova era

O fim da participação do Atlético no Mundial de Clubes também representou o encerramento de um ciclo no clube, com Cuca comandando o clube pela última vez antes de partir para a China (para o Shandong Luneng) e após levar o clube ao ponto mais alto de sua história com a conquista inédita da Libertadores.

E mesmo que o clima não fosse propício para discursos ou festas de despedidas, foi preciso encarar o adeus do comandante e o início de outra era – agora sobre o comando de Paulo Autuori, bicampeão da Libertadores com Cruzeiro (1997) e São Paulo (2005) – de maneira otimista.

“Não chegamos a conversar ali no fim, porque era um momento só nosso, em que queríamos terminar a competição com dignidade. Mas isso tudo valoriza ainda mais o ano que a gente teve. Por isso mesmo só podemos agradecer ao Cuca pelo ótimo trabalho que ele fez nesses dois anos”, destacou Tardelli. “Ano que vem a gente vai ser campeão da Libertadores de novo e vamos voltar aqui”, encerrou.

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