Falta de recursos prejudica atendimento no Hospital Municipal

Por Daryanne Cintra

A falta de repasse para o Hospital Municipal já tem causado reflexos no atendimento e na qualidade do serviço. Médicos e profissionais reclamam do atraso de salários e da falta dos medicamentos e produtos para o atendimento básico aos pacientes. Uma das questões mais preocupantes é a possibilidade de que a UTI – Unidade de Terapia Intensiva – seja fechada por falta de recurso.

O Dr. Roberto Almeida, diretor da UTI no hospital, disse em entrevista à Rádio Cultura, que a principal preocupação é com a falta de estrutura para o atendimento. “Fim de ano a demanda aumenta, e ainda muitos fornecedores entram em férias coletivas. Por conta disso é necessário que o hospital faça um abastecimento de medicação e produtos para atender durante esse período, que segue de dezembro a janeiro. Alguns fornecedores, por falta de pagamento, já nem estão mais entregando os pedidos”, pontuou.

Já os salários dos médicos não são pagos desde novembro. “Alguns profissionais estão diminuindo as atividades. Para completar a renda eles estão procurando outros locais para atender. E se, não conseguirmos fechar as escalas haverá redução na capacidade do atendimento. A justificativa da diretoria da Fundação é de que o dinheiro depende de outras instâncias, ou seja, a Fundação não tem recurso próprio”, completou Dr. Almeida.

O secretário Municipal da Fazenda, Ademar da Silva, explicou que há 15 dias era para o município ter recebido um repasse do Governo do Estado no valor de 2 milhões de reais, para custear as despesas do hospital. “O que falta é fazer a transferência desse valor que ainda não está nos cofres da prefeitura. Assim que o dinheiro chegar, vamos repassar para a Fundação comprar os medicamentos e produtos necessários. Enquanto não vem, nós enviamos a eles aportes dos cofres municipais, no valor de 600 mil reais, que depois quando o recurso maior chegar, eles terão que devolver à prefeitura”, ressaltou.

A reportagem da Rádio Cultura tentou contato por três vezes, só nesta manhã de terça-feira (3), com a direção da Fundação Hospital Municipal, que até o momento não quis se pronunciar sobre o caso.

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