Assédio moral é realidade, diz presidente do sindicato da PF

Aconteceu na quarta-feira, 6, na Comissão de Direitos Humanos da  Câmara dos Deputados em Brasília, uma audiência pública para debater o alto índice de suicídios que ocorre atualmente na Polícia Federal e também os casos de assédio moral dentro da instituição.

Para a representante do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal em Foz, Bibiana Orsi, a situação é tão grave que a audiência pública resultou no pedido de instauração de uma comissão permanente na Câmara para tratar o crime de assédio moral e a implantação de uma  CPI sobre a polícia federal na Câmara.

Orsi relata que o sistema de hierarquia na policia federal é amparado na sobreposição de cargos. “Infelizmente”, “hoje, lutamos para mudar isso. O sindicato denuncia, principalmente, a perseguição de policias que vêm lutando para mudar a própria estrutura da segurança pública”, conta a representante.

Ela ressalta que ano passado, após o manifesto realizado pela instituição, que durou 69 dias, somente em Foz teve a instauração de mais de seis processos disciplinares contra policiais que participaram com atividades sindicais. “Os policiais estão sendo perseguidos, estão adoecendo, afastados, através de atos que configura na realidade o abuso de poder”, indaga.

Este ano, 2013, em Foz, um policial federal se suicidou. O policial, Garcia, já era aposentado. “Na polícia federal o suicido mata mais que o confronto armado. A instituição está doente e os policiais precisam de socorro”, finaliza.

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