Nilton Bobato critica a saúde e culpa a gestão atual do hospital

O vereador Nilton Bobato divulgou na segunda-feira, 29, o que ele chama de “novos capítulos na crise que envolve a Fundação Municipal de Saúde”. Após a denúncia dos supersalários, o vereador publicou na sua página social na internet, dados que reforçam a necessidade da instalação da Comissão de Inquérito para apurar irregularidades na gestão do hospital municipal.

Desta vez, o vereador publicou um gráfico com números do Datasus – Banco de dados do Sistema Único de Saúde – que revela que o tempo de internamento no hospital municipal aumentou de 4,1 dias para 5,4 dias, em uma comparação com os meses de julho e agosto de 2012. “Ou seja, a capacidade de resolubilidade do hospital diminuiu”, argumentou.

Ainda segundo o vereador, o tempo maior de internamento também vem seguido pelo aumento do número de mortes no hospital, dado já divulgado pelo vereador. “Em comparação com 2012, morreram 70 pessoas a mais no Hospital Municipal e no Pronto Socorro, em apenas dois meses (julho e agosto), comparados com 2012”, explicou Bobato.

Para o vereador, os problemas estão na gestão do hospital. “Enquanto os gastos com pessoal e intermediação de mão de obra saltaram de R$ 2,7 milhões para R$ 4,9 milhões, folha esta devidamente engordada com os salários de marajás de seus diretores, o gasto com insumos, medicamentos e materiais hospitalares em agosto foi de apenas R$ 680 mil”.

As denúncias do vereador incluem, ainda, um suposto descontrole da superbactéria KPC no hospital e as denúncias de falta de insumos hospitalares e materiais de “péssima qualidade” para atender os pacientes.

O requerimento de instalação da CI para investigar diversas denúncias de irregularidades na Fundação Municipal de Saúde está aguardando assinaturas dos vereadores para ser efetivada. Um projeto promovendo mudanças na Fundação foi enviado à Câmara, porém foi retirado pela Prefeitura para modificações e ainda não foi devolvido. Bobato alega que o projeto não resolve os graves problemas na gestão do hospital e considera a medida como uma “cortina de fumaça” para evitar a investigação.

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