Ministro fala sobre migração de emissoras de rádio de AM para FM

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, confirmou hoje (17) que o decreto presidencial que autoriza a migração das emissoras de rádio da faixa AM para a FM deve ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 7 de novembro, em homenagem ao Dia do Radialista. De acordo com o ministro, a migração de faixa vai melhorar a qualidade da transmissão e a audiência das rádios AM, que vêm perdendo popularidade com o passar dos anos.

Paulo Bernardo participou na manhã de hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. “A decisão já foi tomada. Conversei com ela [Dilma] na semana passada e ela pretende assinar no dia 7 [de novembro]. Vamos começar extinguindo o serviço de rádio AM local, mantendo só os regional e nacional”, informou o ministro.

A migração das emissoras será opcional, gradual e deverá atingir principalmente rádios locais em cidades maiores, devido a interferências que geram perda de qualidade no sinal. No interior, onde não há tanta interferência de obstáculos urbanos – como prédios – a expectativa é a de que as emissoras AM sejam mantidas. Em relação às emissoras regionais e nacionais, que têm grande alcance, não haverá migração. Estima-se que a maioria das 2 mil rádios AM seja local.

Para a transferência de faixas, as emissoras que não tiverem recursos poderão acessar meios de financiamento, como do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A migração das emissoras deve levar dois anos para ser finalizada. “Vai ter que haver investimento, gastar dinheiro para trocar a transmissão, mas as emissoras passarão a ter uma rádio revitalizada, com muito mais qualidade e presença. Além disso, o público vai ter mais opções, uma rádio a mais para sintonizar”, explicou.

EBC

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