Durante Assembleia Geral Extraordinária realizada pelos agentes penitenciários do Paraná na quarta-feira (09), em Curitiba, categoria aceita proposta apresentada pelo governo sobre o reajuste do Adicional de Risco (AAP) e adia greve geral no Sistema Penitenciário após governo formalizar o pagamento através de Ata.
Desde março, deste ano, os servidores penais iniciaram diálogo com o governo reivindicando um aumento de 37,38% sobre a AAP devido, alegando a acrescente ameaça contra a vida dos agentes penitenciários.
“Muitos trabalhadores mudaram seus hábitos. Temos vários casos de agentes que saíram do bairro e foram morar no centro em busca de mais segurança; agentes que transferiram os estudos dos filhos de escolas públicas para particulares; aquisição de equipamentos de segurança para uso pessoal, entre outros. Tudo isso, certamente, torna a vida mais cara”, explica José Roberto Neves, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen).
Várias mobilizações foram feitas pelos agentes. Em abril, a secretária da Administração e Previdência (SEAP), Dr. Dinorah Nogara, garantiu que o estado havia aprovado 23,37%. Entretanto, as conversas foram apenas se prolongando. Sem resposta concreta, os servidores penais acamparam em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, e em seguida, anunciaram greve geral a partir do próximo dia 15. A partir disso, o governo abriu diálogo para negociação.
Nessa semana, o governo formalizou, através da Ata, se comprometendo a pagar o índice de 23,37% parcelado para janeiro, fevereiro e março de 2014 com a Ata. O pagamento ficou para o início do próximo ano devido a atual crise econômica do Paraná.
Com a Ata em mãos e assinada pela diretora de Recursos Humanos da SEAP, Sandra Regina Sellucio Marques, secretário chefe da Cada Civil, Reinold Stephanes, secretário de Estado do Governo, Cezar Silvestre, secretária da Justiça (SEJU), Mari Tereza Uille Gomes e pelo presidente do Sindarspen, José Roberto Neves, categoria aceitou a proposta durante a Assembleia. Com isso, os agentes definiram que a greve geral será adiada para janeiro, caso o governo não pague o reajuste.
“No momento o Sistema Prisional do Paraná não terá greve geral. No entanto, não vamos recuar. Os agentes vão ficar em estado de greve até recebermos o reajuste. Caso o governo não pague, o Sistema vai Penal para”, diz o presidente do sindicato.