Para delegado, nova regra estadual pode causar superlotação na 6°SDP

Fotografias mostram a falta de conservação da carceragem em Foz do Iguaçu

O delegado-chefe da Polícia Civil em Foz do Iguaçu, Alexandre Macorin, alertou em entrevista à Rádio Cultura nesta quarta-feira (25), que existe o risco de uma superlotação na carceragem da 6° Subdivisão Policial, como consequência de uma nova regra criada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), denominado Comitê de Transferência de Presos – Cotransp – que fica responsável por passar presos da Sesp, para o Sistema Prisional do Estado.

De acordo com o delegado, hoje 24 presos estão na carceragem da 6° SDP à espera da autorização da Justiça para serem transferidos à Cadeia Pública. Esses detentos eram transferidos todas as sextas-feiras. “Agora a Secretaria de Justiça fez uma operação conjunta, criando um comitê que determina quais são as vagas disponíveis na Cadeia Pública, de forma que a cadeia aqui vai ficar insuportavelmente lotada”, disse Macorin.

O delegado afirma ainda, que a regra não serve para a cidade de Foz do Iguaçu. “É uma regra que vem a punir quem prende, ou seja, a polícia”. Para o delegado, a tendência é de uma superlotação da 6° Subdivisão Policial ainda nos próximos dias, onde os presos permaneciam por cerca de duas semanas na carceragem. Com a nova regra da Secretaria de Segurança do Estado, não há previsão para a criação de vagas na Cadeia Pública Laudenir Neves.

A carceragem da 6° SDP tem capacidade para abrigar 20 presos, em duas alas, sendo uma masculina e outra feminina. O problema, segundo o delegado, que além do pouco espaço, o local tem falta de infraestrutura, como por exemplo, o constante alagamento. “Infelizmente nós teremos que tomar medidas emergenciais, mas seria bom que esse policial lá em Curitiba se entendesse e conseguisse criar mecanismos de facilitar a vida da polícia, ao invés de dificultar”, concluiu Alexandre Macorin.

Por Dante Quadra

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