Classe média que se acostumou com eroportos, volta às rodoviárias

As empresas aéreas brasileiras anunciaram neste último mês de julho uma série de medidas para baixar custos, para que a variação cambial não seja repassada aos passageiros. As maiores aerolinhas diminuíram a freqüência de voos, aumentando o número de passageiros nos que restaram. A medida mais drástica foi tomada pela Tam, que anunciou a demissão de mil pilotos, co-pilotos e comissários de bordo.

 

A explicação é de que 70% dos custos das empresas aéreas estão atreladas ao mercado internacional e com o dólar passando os R$ 2,20, o preço das passagens sobiram na mesma proporção. Na verdade não houve uma diminuição de passageiros, mas sim, uma estabilidade. Acontece que durante os 10 anos de governo petista, empresas e passageiros, viram o número de pessoas nos aeroportos brasileiros crescer sucessivamente.

 

Segundo a Infraero, nos primeiros seis meses de 2013, houve uma diminuição de 5,35% de pousos e decolagens, o contrário dos últimos 10 anos. Entre os anos de 2003 e 2012, o número de passageiros nos aeroportos do Brasil passou de 29,363 milhões de pessoas para 84,231 milhões.

 

Rodoviárias

 

Com esse aumento, o brasileiro de classe média baixa que se acostumou a freqüentar aeroportos, voltou às rodoviárias. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o número de embarques nos terminais rodoviários aumentos nos últimos três meses. Nesse período, o número de passageiros em ônibus de viagem intermunicipal e interestadual, saltou de 15,257 milhões para 15,652 milhões, um aumento de 2,58%.

 

O passageiro de rodoviária se sentiu atraído na última década pelos baixos preços dos bilhetes aéreos, que muitas vezes eram mais baixos que os dos ônibus. Agora com a diferença ficando de preços mais longe, esses clientes preferem demorar mais para chegar ao destino e pagar mais barato andando pelas estradas.

 

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